Revisar histórico médico detalhado do paciente, incluindo condições preexistentes (diabetes, doença renal, histórico de AVC, etc.) e medicações atuais.
Identificar fatores de risco (idade, obesidade, diabetes, dislipidemia, histórico familiar).
Sintomas associados: dor de cabeça, confusão, visão borrada, dor torácica, dispneia, edema.
Exame Físico
Medir a pressão arterial (PA) em ambos os braços.
Avaliar sinais de hipertensão secundária (ex.: feocromocitoma, doença renal, coarctação da aorta).
Exame cardiovascular completo: ausculta cardíaca e pulmonar, palpação de pulsos, exame de extremidades.
ECG, ecocardiograma, ultrassom renal, fundos de olho.
Outros exames conforme indicado (ex.: dosagem de catecolaminas urinárias/plasmáticas).
2. Monitorização
Monitorização Contínua
Monitorizar PA continuamente usando cateter arterial, se indicado.
Monitorizar sinais vitais: frequência cardíaca, frequência respiratória, saturação de oxigênio.
Monitorização Intermitente
Medir a PA não invasiva a cada 15-30 minutos até estabilização.
3. Manejo Inicial
Objetivos de PA
Reduzir a PA média em até 25% dentro da primeira hora, seguido por redução gradual para 160/100 mmHg nas próximas 2-6 horas.
Escolha do Vasodilatador
Nitroprussiato de Sódio (Nipride)
Indicação: Emergências hipertensivas graves, rápida redução da PA.
Dose Inicial: Infusão contínua de 0,3-0,5 µg/kg/min, titulado até um máximo de 10 µg/kg/min.
Diluição: Diluir 50 mg em 250 mL de solução glicosada a 5%, resultando em uma concentração de 200 µg/mL.
Acesso Venoso: Preferencialmente acesso venoso central devido ao risco de extravasamento e necessidade de monitorização contínua. Mas pode ser acesso periférico.
Nitroglicerina (Tridil)
Indicação: Emergências hipertensivas, especialmente com isquemia cardíaca.
Dose Inicial: Infusão contínua de 5-10 µg/min, titulado até um máximo de 200 µg/min.
Diluição: Diluir 50 mg em 250 mL de solução glicosada a 5%, resultando em uma concentração de 200 µg/mL.
Acesso Venoso: Pode ser administrado por acesso venoso periférico, mas acesso venoso central é preferível em casos de uso prolongado ou doses altas.
Monitorização
Monitorizar a PA continuamente usando cateter arterial.
Monitorizar sinais vitais e estado clínico a cada 15-30 minutos.
Duração do Tratamento
Manter a infusão contínua até estabilização da PA e controle dos sintomas agudos.
Reavaliar a necessidade de vasodilatadores a cada 24 horas.
4. Transição para Medicações Orais
Introdução de Drogas por Via Oral
Após estabilização inicial com vasodilatadores intravenosos, iniciar medicações orais para manutenção e controle de longo prazo.
Ordem de Introdução e Doses
1. Inibidores da ECA (ex.: Enalapril)
Dose: 5-20 mg oral, uma vez ao dia.
2. Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina (ex.: Losartana)
Dose: 50-100 mg oral, uma vez ao dia.
3. Bloqueadores dos Canais de Cálcio (ex.: Amlodipino)
Dose: 5-10 mg oral, uma vez ao dia.
4. Diuréticos (ex.: Furosemida)
Dose: 20-40 mg oral, uma a duas vezes ao dia.
5. Betabloqueadores (ex.: Propranolol)
Dose: 40-80 mg oral, duas a três vezes ao dia.
6. Alfa-2 Agonistas (ex.: Clonidina)
Dose: 0,1-0,2 mg oral, a cada 6-8 horas.
7. Vasodilatadores Diretos (ex.: Hidralazina)
Dose: 10-25 mg oral, três a quatro vezes ao dia.
8. Alfa-2 Agonistas (ex.: Metildopa)
Dose: 250-500 mg oral, duas a três vezes ao dia.
9. Vasodilatadores Potentes (ex.: Minoxidil)
Dose: 5-10 mg oral, uma a duas vezes ao dia.
Ajuste de Medicações
Ajustar doses com base na resposta da PA e tolerância do paciente.
Monitorizar para efeitos colaterais e interações medicamentosas.
5. Manejo Não Farmacológico
Suporte Respiratório
Oxigenoterapia suplementar se necessário.
Ventilação mecânica em casos de insuficiência respiratória.
Manutenção de Volume
Avaliação rigorosa do balanço hídrico.
Administração de fluidos intravenosos conforme necessário.
6. Reavaliação e Ajustes
Reavaliar a PA e o estado clínico a cada 1-2 horas.